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FALTAM VAGAS
Escolas não acompanham expansão imobiliária em Ji-Paraná

Data da notícia: 10/01/2012
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>Há anos que as escolas do bairro Nova Brasília não tiveram a ampliação de novas salas de aulas
(Josias Brito) Com o final do ano, começam as matrículas escolares para 2012. Pais de alunos enfrentam filas e até acampam em frente à escola pública da cidade de Ji-Paraná, no interior de Rondônia, desde o último fim de semana para conseguir matricular os filhos. O maior problema de falta de vaga enfrentado no município é nas escolas estaduais do bairro Nova Brasília. A migração de famílias de outros estados e municípios para os bairros no Segundo Distrito e a expansão imobiliária tem sido a grande causa deste problema. A CRE (Coordenadoria Regional de Educação em Ji-Paraná) informou que para este ano, o Governo do Estado pretende construir novas salas de aulas nas escolas para atender a demanda.
A maioria dos pais levou colchões e cobertores para passar a noite, e reclamam da falta de vagas nas escolas da cidade. Ficam sob a chuva e deixam de ir ao trabalho. Para as mães, é importante que os filhos estudem pela manhã, pois elas trabalham neste horário.
A vendedora Cristina Almeida da Silva e o marido Marcos Antônio da Silva, que moram no bairro Urupá, vão se mudar para o bairro Nova Brasília no inicio deste ano. O filho deles, Eduardo Henrique, de 8 anos, estava no 2ª Ano da Escola Beatriz Ferreira da Silva. Desde de setembro do ano passado ela tentava a transferência para a Escola JK, sendo que na semana passada eles foram informados que provavelmente a criança poderá não ser matriculadas pois pode ocorrer a falta de vaga.
Conforme informou as funcionárias na secretaria da escola, há anos que vem ocorrendo o aumento de vagas na escola para atender a demanda dos alunos que migram de outras instituições de ensino. As funcionárias informaram ainda que no ano passado, a direção da escola aumentou de duas salas do 2ª Ano para três, nos dois períodos, manhã e tarde.
O Coordenador Pedagógico da CRE, Vilson Kelein reconhece o impacto do crescimento imobiliário no auto de Nova Brasília, onde as escolas estaduais funcionam já acima da capacidade. Por causa da demanda, a CRE, através do Governo do Estado, pretende realizar a expansão dessas unidades e iniciar a ampliação de novas salas de aulasl. ?Temos um projeto pedagógico sustentável, e sempre temos orientado a direção das escolas que se não houver vagas disponíveis no centro de ensino, que as mesma ajude os pais a localizarem uma vaga em outra escola mais próxima, para que as crianças não fique fora da sala de aula. Sabemos que sempre isso não acontece em Ji-Paraná, mas orientamos a todos os funcionários das escolas que tomem este tipo de medida?, enfatizou.

MINISTÉRIO PÚBLICO - A legislação afirma que a criança, a partir de 4 anos, tem direito a uma vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência. ?Os pais que não estiverem conseguindo matricular seus filhos, nós procure na CRE ou mantém contato com o Ministério Público que dará um prazo para que as escolas adequar e atende as famílias?, ressaltou.
Sobre as vagas nas escolas municipais, o Coordenador Pedagógico da CRE, Vilson Kelein disse que o estado vem tentado fazer parceria com o município para atender todas as crianças. ?Como o estado, as escolas municipais também tem passado por dificuldade de vagas, mas neste ano a situação mudou. Houve ampliação em algumas das escolas e o aumento no números de vagas?, destacou.
A Semde (Secretaria de Educação de Ji-Paraná) divulgou no final de ano o número de vagas para o ano letivo de 2012. Serão mais 800 matrículas disponíveis para creches e ensino fundamental de responsabilidade do município. O secretário, Vanderlei Nunes informou que a Capital da BR passou dos atuais 6,5 para 7,3 mil vagas em uma clara demonstração do crescimento da qualidade de ensino.

[B]Falta de vagas e de interesse afasta os alunos da escola[/B]


Por que temos 1 milhão de crianças e jovens entre 7 e 15 anos fora da escola? Pesquisa feita pelo Movimento Todos pela Educação, pela Fundação Educar DPaschoal, pelo Instituto Unibanco e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) registrou os motivos. Nos quatro estados com menor taxa de atendimento (Alagoas, Rondônia, Pará e Acre), há pelo menos 5% de crianças e adolescentes longe da sala de aula. Marcelo Neri, coordenador do estudo, diz que, contrariando o senso comum, nem sempre a causa da evasão dos moradores de locais pobres é a busca por emprego: "Esses estados não oferecem oportunidades de trabalho nem aos adultos nem aos jovens". Ele acredita que as grandes distâncias e o transporte precário colaboram para a falta de interesse pela escola.

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